BATIDAS DO CORAÇÃO, DO AMOR!

Ela era muito resistente, de poucas palavras, olhar misterioso, mas muito bela, uma pele que refletia as luzes de uma lua cheia, cabelos ao vento que tinha uma forma manso de balançar como as águas do mar, seus lábios volumosos e com leves traçados dos cantos até o centro de sua boca, os dentes emitem uma alegria ao seu sorrir, a voz dela era mácia e agradava o meu ouvido, suas palavras eram sempre de sabedoria, mas sempre estava parcialmente em minha presença, como estivesse o corpo e não sua alma, era como se houvesse um medo, um receio ou até insegurança. Várias vezes me cheguei a aproximar daquela beldade que não saia de minha mente, e que tanto sonhava te-la em meus braços e acalenta-la de forma fervorosa e caliente. Pôs-me em ação articulando uma forma capiciosa de conquista-la, e ela sempre achava uma manobra que deixavam dúvidas e incertesas, não parei de lutar, comecei a perceber que fora uma espécie de insegurança, não errei, numa bela conversa, adentramos com intimidade nossos sentimentos e constatei que o desejo dela era imenso em se entregar, não restavam mais dúvidas, o que tinha a fazer foi agir. Comecei a olhar fixamente com o olhar dela, e um tanto esquivando-se de minhas fixadas, aproximei lentamente com o rosto, e aos poucos foi fechando-se os olhos como se estivesse adormecendo os lábios foram se tocando temerosos e tremolos, e deslizando minhas mãos aos seus braços, percorri com carinho, e aos poucos descendo por suas costas e verificando o arrepio que sentia, desci até sua cintura e puchei-a de encontro ao meu corpo, naquele instante parecia tudo ter sumido ao nosso redor, os caminhos se abriam, e o nosso coração batendo descompassadamente em tempo de explodir, eu pude sentir e tocar o fino corpo e apreciar a sua doce presença, finalmente nos entregamos por algo que a tanto tempo prezavamos passar, palavras foram ditas, olhares trocados, beijos dados, assim selamos nosso relacionamento. Mas nada é conforme pretendemos ser, o como num conto de fadas o principe teve seu deleite com sua princesa e ao sétimo dia houve uma tragédia "estavamos indo a um shopping, tudo corria bem, quando menos esperei vi ela entrar em minha frente, e aquele impacto ao corpo dela", nada mais passasse de um sonho naquele instante, mas não foi, e sim uma realidade, de uma forma inesperada um assaltante empunhou um revolver e mirou ao meu peito, ela avistou e tomou minha frente, assim tomando um tiro certeiro em seu coração, não era para ser assim, toquei levemente o peito dela, fechei meus olhos lagrimejando, e sentindo as batidas de seu coração serem mais lentas, e na mesma forma como a beijei e seus olhos foram se fechando como se estivesse adormecendo, mas dessa vez não foi por um sentimento e sim por um descanso eterno.